Surf Na Olimpíada de Tóquio 2020

Resultados e Polêmicas da estreia do Surf nos Jogos Olímpicos!

Surf na Olimpíada de Tóquio 2020 – Aloha! Esta é a nova matéria da coluna 1st Song Music e Surf sobre os resultados do Surf nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020.

A Olimpíada que originalmente deveriam ter ocorrido em 2020 foi atrasada em 1 ano, devido a Pandemia de Covid-19, ocorrendo somente em 2021.

Os jogos Olímpicos já terminaram. As disputas ocorreram sem a presença de público.

Pela primeira vez o Surf e o Skate figuraram como esporte olímpico nas Olimpíadas.

As disputas do Surf ocorreram na província de Chiba, na Praia de Tsurigasaki. Na matéria de Julho de 2021, fizemos uma análise sobre o local do evento e as condições para a prática do esporte. Confira!

Nesta matéria o foco serão os resultados do Surf nos jogos Olímpicos. Houve muitas polêmicas, envolvendo os atletas brasileiros.

Vencedoras no Feminino

As mulheres mandaram muito bem nos Jogos Olímpicos.

As representantes brasileiras não chegaram as disputas de medalhas.

Tatiana Weston-Webb não teve a frieza e o power surf que a caracterizam no Circuito Mundial. Tati apresentou um certo nervosismo nas baterias e acabou não se encontrando na competição, isso porém não tira o brilho de sua participação.

Silvana Lima chegou mais longe e acabou sendo eliminada nas quartas de final por Carissa Moore.

Carissa Moore, local do Hawaii, representante dos Estados Unidos na competição, foi a vencedora no feminino e levou o Ouro.

Carissa é hoje a melhor surfista feminina do mundo. Bem preparada fisicamente, com domínio das manobras progressivas e inovadoras. A Tetra Campeã Mundial de Surf não tomou conhecimento das adversárias.

Título merecido para a Norte-americana.

As outras duas medalhas, Prata e Bronze, ficaram respectivamente com a sul-africana Bianca Buitendag (Prata) e a japonesa Amuro Tsuzuki (Bronze).

Parabéns a todas as meninas que participaram da competição e um parabéns especial a Silvana Lima e Tatiana Weston Webb que representaram do Brasil na competição.

Vencedores no Masculino

No masculino tivemos o Brasil no lugar mais alto do pódio com a vitória de Italo Ferreira.

Apesar da felicidade pela conquista da medalha de ouro, a decepção ficou para a eliminação precoce de Gabriel Medina. Ainda mais da forma como ocorreu.

Semifinal Medina x Igarashi

Na disputa da semifinal entre Gabriel Medina e o norte-americano, naturalizado japonês Kanoa Igarashi, tivemos a primeira grande polêmica dos jogos olímpicos.

Medina fez uma excelente bateria conseguindo excelentes notas. Gabriel executou aéreos de backside, full rotation (rotação completa), sem utilização das mãos na prancha.

Executou as manobras em ondas da série.

As notas vieram para o local de São Sebastião. O problema começou na parte final da bateria, mais precisamente nos últimos 10 minutos.

Kanoa Igarashi que não vinha fazendo grande apresentação acertou um aéreo de frontside, utilizando a mão na borda da prancha para facilitar a execução da manobra. Completou a manobra de forma limpa, porém em uma onda menor.

Resultado!

O japonês que precisava de uma nota 9,09 obteve 9,33 dos juízes.

Em minha opinião Kanoa não mereceu a virada. Se Igarashi mereceu nota 9,33 em sua última onda surfada, então as notas do brasileiro foram subvalorizadas.

A minha opinião é que Gabriel foi claramente prejudicado pelo julgamento dos juízes.

Faltando praticamente menos de 10 minutos para o término da bateria. O brasileiro não encontrou as ondas que lhe dariam novamente a liderança da bateria. Que o levaria a disputa do Ouro Olímpico.

Decepção pelo resultado ainda mais pela maneira como ocorreu.

Medina é um atleta que ainda vai evoluir muito. 2024, em Paris, terá nova chance de conquistar o ouro olímpico.

Bola pra frente!

Disputa do Bronze

A disputa da medalha de bronze foi entre os atletas Gabriel Medina e o australiano Owen Wright.

Mais uma vez o local de São Sebastião foi prejudicado ao final da disputa.

Gabriel precisava de um 6,21 para conquistar a medalha de Bronze para o Brasil.

Ao final da bateria, após a execução de um aéreo em uma onda extremamente difícil, os juízes deram nota 6 para Medina em uma onda que merecia ao menos uma nota 7.

Resultado foi que Gabriel Medina não conquistou medalha na competição.

Uma pena! O resultado negativo sirvará de experiência para Medina paras as próximas competições que virão.

Revisão de Lances

Nos tempos modernos grande parte dos esportes profissionais utilizam o recurso da Tecnologia.

Replays em vários ângulos, câmeras em super slow-motion (quadro a quadro) entre outro recursos, para revisão de pontuação e lances duvidosos.

Basquete, Golf, Futebol, Futebol Americano, Hóquei no Gelo, Tênis, Vôlei entre outros esportes, utilizam recursos tecnológicos e comissão de julgamento adicional para análise dos lances.

As Olimpíadas são consideradas a maior festa de confraternização do esporte mundial e, como tal, deveria ser o maior exemplo de meritocracia no esporte. O que vemos muitas vezes são julgamentos tendenciosos em favor de atletas locais.

A maior confraternização do esporte mundial merece ter julgamentos mais justos e correções, caso algum erro de julgamento ocorra.

O Ouro Olímpico!

Italo Ferreira foi o grande vencedor do Surf na categoria masculina dos Jogos Olímpicos.

Durante toda a competição passou todas as suas baterias obtendo as maiores somatórias de notas. Na semifinal eliminou o australiano Owen Wright com atuação segura.

Na grande final venceu Kanoa Igarashi sem sustos. O japonês pareceu perdido na final e não deu trabalho. Pegou poucas ondas e terminou com baixa somatória de pontos.

O brasileiro nem precisou de seu vasto repertório de aéreos para ganhar a medalha tão cobiçada. O representante do Brazilian Storm surfou em altíssimo nível, com variação de manobras e fez mais de 15 pontos na somatória de suas duas melhores ondas.

Italo, o atual campeão Mundial de Surf, realizou um feito histórico. O Potiguar é o primeiro atleta a conquistar um Ouro Olímpico no Surf masculino na história das Olimpíadas.

Feito gigante que coroa a dedicação, o foco e principalmente a vontade de Italo na conquista da medalha dourada.

Após o título mundial de surf em 2019, Italo fez algumas mudanças em sua vida pessoal e colocou seu foco exclusivamente no Surf.

Ouro Olímpico mais que merecido ao Potiguar Italo Ferreira!

Finalizando!

Encerramos a nossa coluna sobre o Surf Na Olimpíada de Tóquio 2020. Não poderia ser de maneira melhor com a vitória do nosso compatriota Italo Ferreira. Valeu, Italo!

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Imagens: Diego Benedito | Reuters

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